Como funciona o pagamento de férias no regime CLT?

Como funciona o pagamento de férias no regime CLT?

As férias são um direito garantido a todos os trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) no Brasil. De acordo com o Artigo 129 da CLT, todo empregado que trabalha há pelo menos 12 meses consecutivos para o mesmo empregador tem direito a um período de 30 dias de descanso remunerado. Esse direito tem o intuito de proporcionar ao trabalhador um período de descanso para recuperação física e mental, além de possibilitar o desfrute de momentos de lazer com a família. 

Durante o período de férias, o empregado recebe sua remuneração normalmente, acrescida de um adicional de um terço do valor total do salário, conhecido como “terço constitucional”. O CLT pagamento das férias deve ser feito antecipadamente, garantindo ao trabalhador o recebimento antes mesmo de iniciar o período de descanso. 

Como é feito o cálculo das férias? 

O cálculo das férias no regime CLT segue regras específicas para garantir que o trabalhador receba adequadamente o valor a que tem direito. O valor das férias é composto pelo salário mensal do trabalhador, somado ao terço constitucional. Vamos entender melhor cada etapa desse cálculo: 

Salário base 

O salário base do trabalhador é o primeiro componente utilizado no cálculo das férias. Se o empregado recebe um salário fixo, o cálculo é simples: ele receberá o valor do seu salário integral correspondente aos dias de férias. No entanto, se o trabalhador recebe remuneração variável, como comissões ou horas extras, a média dos últimos 12 meses deve ser considerada para calcular o valor das férias. 

Adicional de 1/3 constitucional 

Além do salário base, o trabalhador tem direito a um adicional de 1/3 do valor das férias, conhecido como “terço constitucional”. Esse benefício é garantido pela Constituição Federal e serve como uma compensação financeira para que o trabalhador possa aproveitar o período de descanso com mais tranquilidade financeira. Para calcular o terço constitucional, basta dividir o valor do salário por três. 

Abonos e gratificações 

Além do salário e do terço constitucional, outros valores que compõem a remuneração do trabalhador podem ser incluídos no cálculo das férias, como gratificações, adicionais noturnos, horas extras, comissões, e outros abonos pagos regularmente. Cada caso deve ser analisado individualmente, garantindo que todos os valores devidos ao trabalhador estejam devidamente incluídos no pagamento de férias. 

Quando o pagamento das férias deve ser feito? 

O pagamento das férias deve seguir regras bem definidas pela legislação trabalhista. De acordo com o Artigo 145 da CLT, o empregador é obrigado a realizar o pagamento das férias até dois dias antes do início do período de descanso do trabalhador. Isso significa que o empregado deve receber a remuneração de férias, incluindo o terço constitucional, de forma antecipada, garantindo que ele tenha recursos financeiros para usufruir o período de férias. 

Caso o pagamento não seja feito dentro do prazo legal, o empregador pode ser penalizado com o pagamento em dobro das férias, conforme estabelecido pelo Artigo 137 da CLT. Essa medida visa proteger o trabalhador de possíveis abusos ou negligências por parte do empregador no cumprimento de suas obrigações. 

Fracionamento das férias 

A reforma trabalhista de 2017 trouxe uma mudança importante em relação ao fracionamento das férias. Antes, as férias só podiam ser concedidas de forma integral, em um único período de 30 dias. No entanto, após a reforma, passou a ser permitido o fracionamento das férias em até três períodos, desde que um deles seja de, no mínimo, 14 dias consecutivos, e os demais não sejam inferiores a cinco dias corridos. 

Essa flexibilização visa atender tanto aos interesses do empregador quanto do empregado, permitindo uma melhor adequação da necessidade de descanso às atividades da empresa e à rotina do trabalhador. Contudo, o fracionamento só pode ser feito mediante acordo entre ambas as partes. 

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O direito ao terço constitucional 

O terço constitucional é um dos direitos mais importantes concedidos ao trabalhador no momento do pagamento de férias. Garantido pela Constituição Federal de 1988, esse adicional de 1/3 sobre o valor do salário base é uma forma de assegurar que o trabalhador tenha uma compensação financeira adicional durante o período de férias. 

Para exemplificar, se o trabalhador recebe um salário de R$ 3.000,00, ele terá direito a um adicional de R$ 1.000,00 (1/3 de R$ 3.000,00), além de seu salário integral, totalizando R$ 4.000,00. Esse valor deve ser pago de forma antecipada, juntamente com o salário correspondente ao período de férias. 

Férias proporcionais 

O trabalhador que não completou 12 meses de serviço também tem direito a receber as férias proporcionais, caso seu contrato de trabalho seja encerrado antes do cumprimento desse período. As férias proporcionais são calculadas com base no tempo de serviço prestado até a rescisão do contrato. A cada mês trabalhado, o empregado adquire o direito a 1/12 das férias anuais, incluindo o terço constitucional. 

Em casos de rescisão contratual sem justa causa ou por pedido de demissão, as férias proporcionais são um direito garantido e devem ser pagas ao trabalhador no momento da homologação da rescisão. Esse pagamento também segue as mesmas regras de cálculo aplicadas para o pagamento das férias integrais. 

O que acontece se o trabalhador não tirar férias? 

O trabalhador tem o direito de tirar férias dentro do período concessivo, que é de até 12 meses após o término do período aquisitivo. Caso o empregador não conceda as férias dentro desse prazo, ele será obrigado a pagar as férias em dobro ao trabalhador, conforme determina o Artigo 137 da CLT. Além disso, a falta de concessão de férias pode gerar multas e penalidades para a empresa em caso de fiscalização por parte dos órgãos responsáveis, como o Ministério do Trabalho. 

Esse pagamento em dobro inclui tanto o valor do salário quanto o adicional de 1/3 constitucional. Portanto, é essencial que as empresas respeitem os prazos para a concessão das férias, evitando prejuízos para o empregado e penalidades legais. 

O pagamento de férias no regime CLT é um direito garantido pela legislação trabalhista brasileira, assegurando que o trabalhador tenha um período de descanso remunerado, acrescido de um adicional financeiro que possibilite uma maior tranquilidade durante o período de férias. É fundamental que tanto empregadores quanto empregados conheçam suas obrigações e direitos, respeitando os prazos e as regras estabelecidas para evitar problemas legais e garantir o bem-estar de todos os envolvidos. 

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