Erros mais comuns no planejamento financeiro de fim de ano e como evitá-los 

Guia Prático: Maximize seu 13º Salário, Quite Dívidas e Prepare o Orçamento para as Contas de Janeiro de 2026.

O final de ano é marcado por festas, confraternizações, presentes, viagens e muitas vezes por gastos além da conta.  

Nesse período, o uso do cartão de crédito dispara, o 13º salário é rapidamente comprometido e o planejamento financeiro é frequentemente deixado de lado. O resultado costuma ser previsível: chega janeiro com contas como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar vencendo, e o orçamento já estourado. 

Por isso, é essencial identificar os principais erros no planejamento financeiro de fim de ano, entender por que acontecem e adotar correções práticas — de modo que você possa entrar em 2026 com equilíbrio, tranquilidade e controle sobre o seu dinheiro. 

9 min de leitura

1. Gastar mais do que se ganha

O erro mais recorrente no fim de ano é exceder o orçamento, impulsionado pelo clima de celebração e pela crença de que o 13º salário está “extra” à renda usual. Muitas pessoas acabam usando esse valor como se fosse um bônus para consumo, esquecendo que parte dele precisa cobrir despesas fixas ou sazonais.

Como evitar: 

  • Defina um limite de gastos específico para o período festivo. 
     
  • Pague à vista sempre que possível e evite parcelamentos longos com juros. 
     
  • Faça uma lista realista de presentes, festas e compromissos antes de comprar. 
     
  • Reserve parte do 13º para as contas de janeiro, não para gastos impulsivos. 

2. Falta de um orçamento detalhado

Ao se ignorar o orçamento ou o deixa de uma forma muito geral, fica impossível saber exatamente para onde está indo o dinheiro. Esse erro é ainda mais grave no fim de ano, quando as categorias de gastos se multiplicam. 

Como evitar: 

  • Anote todas as despesas, inclusive os pequenos gastos do dia a dia. 
     
  • Utilize planilhas ou apps como Mobills ou Organizze para monitorar. 
     
  • Divida o orçamento por categorias (lazer, transporte, presentes, reservas). 
     
  • Revise o orçamento semanalmente para evitar surpresas.

3. Ignorar despesas sazonais de janeiro

Muitos erram ao pensar só no fim do ano e acabam esquecendo que o início de 2026 trará contas certas como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar. Esse esquecimento leva a endividamento ou à necessidade de crédito emergencial. 

Como evitar: 

  • Reserve parte do 13º salário para essas despesas de início de ano. 
     
  • Aproveite descontos de pagamento à vista em impostos. 
     
  • Guarde mensalmente uma fração da renda no segundo semestre como “reserva de início de ano”. 

4. Uso descontrolado do cartão de crédito

O cartão de crédito é prático, mas também perigoso se usado sem critério. Compras parceladas em várias vezes criam um compromisso que pode comprometer meses futuros. 

Como evitar: 

  • Estabeleça um limite próprio de gastos, inferior ao limite real do cartão. 
     
  • Acompanhe a fatura semanalmente e verifique se as parcelas cabem no orçamento. 
     
  • Se for parcelar algo, priorize bens duráveis ou essenciais. 
     
  • Tenha em mente que crédito é complemento, não deve substituir sua renda. 

5. Cair em promoções e armadilhas de consumo

Período de festas, promoções e “liquidações” estimulam compras por impulso. Descontos falsos, preços inflados ou itens que você não precisava acabam pesando depois.  

Como evitar: 

  • Compare preços em lojas/paginas diferentes; verifique histórico antes de comprar. 
     
  • Pergunte‑se: “Eu realmente preciso disso agora?” 
     
  • Evite sites ou vendedores desconhecidos. 
     
  • Use extensões ou apps de comparação (Buscapé, Zoom) para checar valores reais. 

6. Deixar dívidas em segundo plano

Quando priorizamos presentes e festas e deixamos dívidas antigas à espera, os juros e multas começam a somar. Isso mina o orçamento do ano seguinte antes mesmo de começar. 

Como evitar: 

  • Liste todas as dívidas existentes e priorize aquelas com juros mais altos (cartão, cheque especial). 
     
  • Use parte do 13º para quitar ou renegociar essas dívidas. 
     
  • Aproveite feirões de renegociação ou programas de limpeza de nome. 

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7. Não ter uma reserva de emergência

Curiosamente, num período de gastos extras, muitos não têm uma reserva de emergência. Assim, qualquer imprevisto (viagem, saúde, conserto) exige crédito caro.  

Como evitar: 

  • Guarde mensalmente um valor fixo, por menor que seja. 
     
  • Mantenha essa reserva em investimento seguro e com liquidez diária (Tesouro Selic, CDB). 
     
  • Torne meta acumular o equivalente a 3‑6 meses das despesas essenciais. 

8. Adiar o planejamento financeiro

Deixar para “ver depois das festas” é um erro clássico. A procrastinação impede ajustes em tempo hábil e aumenta risco de começar o ano no vermelho. 

Como evitar: 

  • Comece a planejar ainda em novembro. 
     
  • Crie um cronograma de pagamentos e defina prioridades. 
     
  • Se o orçamento for compartilhado, converse com a família sobre metas e limites de gastos. 

9. Não revisar o plano financeiro ao longo do ano

Mesmo quem elaborou um planejamento pode tropeçar se não fizer revisões regulares. Vida muda, gastos surgem, a renda pode variar e ignorar isso é compromisso com o erro. 

Como evitar: 

  • Reavalie o orçamento mensalmente. 
     
  • Ajuste metas e prazos conforme seu momento real. 
     
  • Monitore categorias de gastos para identificar onde estão os excessos. 

10. Falta de diálogo sobre dinheiro

Dentro da família, a falta de comunicação sobre valores disponíveis, prioridades e objetivos pode causar decisões desalinhadas e gastos duplicados.  

Como evitar: 

  • Estabeleça um diálogo aberto sobre finanças com parceiros ou filhos. 
     
  • Definam juntos metas e limites de gastos para as festas. 
     
  • Ensine consumo consciente e compartilhe o planejamento com todos os envolvidos. 
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Revisando hábitos para começar 2026 no azul

Evitar esses erros exige autoconhecimento financeiro, disciplina e pequenas mudanças de comportamento. Planejar com antecedência, controlar os gastos no cartão, priorizar contas essenciais e revisar regularmente o plano são atitudes que fazem diferença tanto no curto quanto no longo prazo. 

Por exemplo: se você guardar apenas R$ 200 por mês a partir de agora, terá mais de R$ 2.000 até o fim do ano, o suficiente para enfrentar com tranquilidade as despesas de janeiro, manter o orçamento equilibrado e ainda começar o ano com mais segurança e liberdade financeira. 

Planeje, organize‑se e entre em 2026 com a sensação de dever cumprido, tranquilidade e as finanças sob controle. 

Veja as dúvidas frequentes sobre este tema

O uso mais estratégico do 13º salário é priorizar a quitação de dívidas caras, como o rotativo do cartão de crédito ou o cheque especial, pois os juros dessas modalidades corroem rapidamente o orçamento. Em seguida, o ideal é reservar o valor para as despesas sazonais de janeiro (IPVA, IPTU, matrícula e material escolar) e, por último, direcionar uma parte para o lazer ou a reserva de emergência. 

O cartão de crédito se torna um erro no fim de ano porque a combinação de compras por impulso e longos parcelamentos cria um compromisso financeiro que se estende por vários meses em 2026, reduzindo a renda futura. Muitas vezes, o consumidor estoura o limite e acaba pagando juros altíssimos (como o crédito rotativo) ao não conseguir quitar a fatura integralmente em janeiro, quando as despesas fixas de início de ano já estão pesando no bolso. 

As despesas sazonais de janeiro são as contas que ocorrem tipicamente no início do ano e que afetam grande parte das famílias, como o IPVA, o IPTU, e os gastos com matrícula e material escolar. A melhor forma de se preparar é reservar parte do seu 13º salário, ou guardar uma pequena quantia mensalmente no segundo semestre, aproveitando os descontos oferecidos para o pagamento à vista desses impostos.